O Pão de Açúcar e as Casas Bahia terão que manter as estruturas de compra separadas e celebrar contratos distintos com fornecedores. A determinação foi imposta pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e faz parte do Apro (Acordo de Reversibilidade da Operação) assinado nesta quarta-feira (3) sobre a compra, em dezembro, do controle das Casas Bahia pelo grupo do empresário Abílio Diniz. Assim, a captura de parte dos R$ 2 bilhões em sinergias (trabalho em conjunto) previstas pela união dos varejistas será adiada.
As empresas também terão que contratuais indmanter estruturas comerciais e instrumentos ependentes das Casas Bahia e do Ponto Frio, o último adquirido pelo Pão de Açúcar no meio de 2009.
O Apro, que irá vigorar até o julgamento final no Cade sobre a compra das Casas Bahia pelo Pão de Açúcar, prevê ainda que as companhias deverão manter as marcas Ponto Frio e Casas Bahia. As campanhas publicitárias das redes continuarão separadas, com investimentos em propaganda e marketing em níveis similares aos dos anos anteriores.
As empresas também terão que manter em funcionamento todas as lojas existentes e seus respectivos centros de distribuição, e ainda suas políticas de concessão de crédito.
As varejistas terão que enviar relatórios bimestrais ao Cade para o acompanhamento da evolução e cumprimento das determinações do órgão antitruste, segundo nota à imprensa.
O Pão de Açúcar e as Casas Bahia informaram que consideram o acordo com o Cade positivo, porque não existe a necessidade de suspensão dos efeitos da associação.
Além disso, as empresas destacaram em comunicado que a medida é suficiente para dar "conforto" às autoridades durante o processo de análise e para que sejam adotadas medidas pontuais que garantam a reversibilidade da operação.
Em 4 de dezembro do ano passado, o Pão de Açúcar anunciou a compra de 51% da Casas Bahia, que deverá ser incorporada pela Globex (controladora do Ponto Frio, comprada em junho de 2009). Juntas, as empresas têm cerca de mil lojas em 327 cidades do país.
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R7
Pão de Açúcar e Casas Bahia terão que manter estruturas de compras separadas
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
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