Bezerros ficou conhecida como Terra dos Papangus devido aos milhares de mascarados que invadem a cidade durante os festejos carnavalescos. Segundo contam os moradores mais antigos, a brincadeira começou quando alguns homens quiseram sair no carnaval sem serem reconhecidos para despistar a atenção de suas esposas.
Os primeiros grupos de mascarados invadiam as residências de familiares e amigos, comendo e bebendo anonimamente. O fato ia se repetindo e foram surgindo a cada ano novos blocos de mascarados.
Hoje, não são apenas os homens que desfilam mascarados, mas também as mulheres e as crianças, numa celebração da alegria única em todo o Brasil. Tornou-se uma tradição que passa de pai para filho e vem crescendo com o incentivo da Prefeitura Municipal, que realiza anualmente o Concurso do Papangu, distribuindo troféus e prêmios em diversas categorias.
Durante o desfile pela cidade, os papangus bebem e comem angu de milho, uma comida típica da região. Devido ao exagero no apetite de alguns foliões, originou-se o nome da festa - "papa angu". A principal regra desta importante tradição carnavalesca é manter o sigilo sobre as máscaras que serão usadas, para que ninguém venha a ser reconhecido.
Os primeiros papangus de Bezerros que se tem notícia eram chamados de Papangus Pobres porque trajavam roupas velhas, rasgadas com remendos, meias nas mãos e máscaras rústicas confeccionadas com papel jornal e goma.
Com o tempo, a bricadeira foi mudando e a partir dos anos 60, as roupas velhas foram substituídas por caftas - batas longas, estampadas com cores luminosas. A partir de 1990, com o incentivo da Prefeitura Municipal, Bezerros ganhou forças e surgiu no cenário nacional. Os Papangus passaram a utilizar máscaras mais sofisticadas, confeccionadas em gesso e pintadas com tintas especiais. As fantasias e roupas luxuosas foram desenhadas com temas criativos, despontando aí os primeiros artistas plásticos do município.
Com a evolução dos papangus, os artistas plásticos da região passavam a produzir, durante todo o ano, máscaras em diversos estilos para souvenirs, decorações e até exposições. Entretanto, apesar de toda essa modernização, as características tradicionais na confecção das máscaras com papel machê e nos comes e bebes - angu e caipirosca - continuam preservadas.
Atualmente, são mais de trinta oficinas de máscaras espalhadas pela cidade. Elas são dirigidas por artesãos e artistas plásticos locais, que distribuem suas máscaras no mercado nacional e internacional. O ofício é passado de pai para filho.
Durante todo o ano, esse trabalho vem sendo incentivado pela Prefeitura de Bezerros que oferece oficinas de máscaras de papel machê para crianças carentes. A iniciativa garante para elas uma fonte de renda, além de colaborar para a manutenção da tradição do papangu, uma manifestação cultural peculiar que atrai milhares de turistas para o município.
Você pode entrar em contato com os artesãos de máscaras e adquirir a sua clicando aqui. Os melhores artesãos da cidade estão cadastrados no BezerrosOnLine.Com.
A diversidade rítmica é uma marca da Terra do Frevo. Ao som dos maracatus, caboclinhos, escolas de samba, blocos de frevo, unindo as influências indígenas, européias e africanas, o nosso carnaval é um verdadeiro caldeirão de diversidade cultural. Os ritmos são contagiantes, as fantasias inusitadas e Pernambuco é só folia.
A festa é do povo. Do litoral ao sertão, a animação toma conta de tudo e de todos. Não importa se a fantasia é de rei, rainha ou palhaço, o que importa durante os quatro dias é manter a tradição de um dos mais belos e democráticos carnavais do planeta.
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