O aproveitamento da energia hidrelétrica pode ser extremamente eficaz para suprir a demanda de energia elétrica do País. O problema é utilizar a região frágil da Amazônia para a construção de hidrelétricas. O grande empreendimento da usina hidrelétrica de Belo Monte representa justamente isso: destruição da floresta, deslocamento de populações tradicionais, desperdício de dinheiro, impactos sociais, entre outros problemas. E mesmo assim, ainda não será capaz de produzir ao longo de todo ano a energia prometida pelo governo. As críticas são do responsável pela Campanha de Energia do Greenpeace, Ricardo Baitelo. Em entrevista exclusiva a O LIBERAL, o técnico afirmou que a ONG internacional irá reagir a qualquer empreendimento dessa ordem na região amazônica. Baitelo ainda confronta a energia hidrelétrica produzida por Belo Monte com a de outras fontes, como a eólica e a de biomassa. Crítico à postura do presidente Lula, de "enfiar goela abaixo" o projeto, o ambientalista aponta também o interesse político por trás dessa ação. "Fica clara aí a finalidade da construção da hidrelétrica: para conseguir catapultar a sucessão presidencial dentro desse acordo, que seria de oferecer a energia para alguns grupos econômicos e industriais a preços vantajosos." Confira a entervista:
Por que o Greenpeace classifica a usina de Belo Monte como uma solução burra para o desenvolvimento?
A gente entende que o custo total da usina, não somente a parte econômica, mas também o grande impacto social, ambiental e político da usina não justificam a finalidade dela. Então, a gente acredita que tem outras opções que, se implementadas em conjunto, poderão ser muito mais eficientes para o País. É uma série de quesitos diferentes de avaliação. Não só impactos menores ao meio ambiente, mas benefícios sociais maiores como criação de empregos permanentes, empregos de qualidade, um custo político muito menor para o governo e um custo econômico mais distribuído.
Greenpeace vai reagir a Belo Monte
domingo, 13 de junho de 2010
Por Wallysson Ricardo às 10:43
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