Casas na quadra E do Residencial Miguel Arraes estão com 90% da estrutura rachada

quarta-feira, 28 de março de 2012


Desde o ano passado que a família de Beto mora em uma casa com toda a estrutura comprometida, na Quadra E, nº 2011, no Residencial Miguel Arraes, em Afogados da Ingazeira. A residência apresenta rachões enormes que começam no piso e segue até o teto, além de fendas no rodapé, que é a base de sustentação da construção.

“Disseram que aterraram, mas acredito que não compactaram o terreno, construíram em cima de uma terra fôfa, a gente não tem condições de fazer serviço porque 90% da casa está rachada, agente já colocou o ferro mas abre novamente, as rachaduras cabem uma mão dentro. Todos nós corremos risco morar em um local assim mas não temos pra onde ir”, relata desesperado.
Outras casas da localidade também começaram a apresentar rachões, como a 2012 que junto a 2011 apresentam o quadro mais crítico. Em ambas, o reboco frontal está se afastando, o que sinaliza uma inclinação na estrutura. No entanto, a maioria dos moradores descarta a possibilidade do problema ser no terreno porque algumas casas vizinhas estão intactas.

Rachão em um dos quartos rompe a parede para a rua
Segundo o morador, já procurou três vezes a secretaria de Assistência Social e a secretaria de infraestrutura do município, no entanto, os funcionários foram ao local, tiraram fotos, mas ainda não fizeram nada para ajudar. Se o município tivesse a Defesa Civil as casas já teriam sido interditadas. Lembrando que essas pessoas receberam recentemente as escrituras dos imóveis construídos a partir de convênio da Caixa Ecoômica com a Prefeitura do município.
Base de sustentação da construção está rachada
Reboco sinaliza que parte da frente está inclinando
Por ironia, essas casas rachadas entre o Hospital Regional o mini-presídio, que custou R$ 1,2 milhão e foi demolido, após a Secretaria Municipal de Defesa Social considerar que o prédio tinha sido edificado com material de baixa qualidade. A impressão é que a história se repete em governos diferentes: cimento, madeira, blocos, ferro... dinheiro público sendo jogados no lixo junto com materiais de baixa qualidade.

Luiz Carlos

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